2014-07-13

Processo Casa Pia Foi Despoletado Por Gravação Falsa... Os "Recursos" da Cabrita

Para introduzir esta notícia transcrita aqui em baixo, comecemos pelo princípio. O que se segue é transcrição retirada DAQUI:

Felícia Cabrita, dormindo com o inspector-chefe Teixeira e com Orlando Romano, foi autorizada a acompanhar a Brigada de Homicídios. Começou assim, Felícia Cabrita, (muito através da sedução, como ela própria confessa, publicamente) a ter responsabilidades e protagonismo na “criação” de factos e de histórias, que vêm a culminar no Processo Casa Pia, actuando como “braço direito” de Dias André, com quem anda, frequentemente, no carro da PJ e não só.
(...)´
Felícia Cabrita já tinha o “seu papel” definido: criar situações e controlar a publicação de notícias, para intoxicar; baralhar para confundir. Também nessa altura, esta “jornalista” teve um encontro com o Eng. Paes do Amaral, patrão da TVI (ligação à Moderna, lavagem de dinheiro, ligação à Colômbia e homossexualidade). Tinha, assim, na mão a TVI e o Portugal Diário na Internet, que começaram a contradizer o que tinham ouvido antes, sobre a inocência de Carlos Cruz, nos depoimentos já obtidos. 

Inserimos esta transcrição porque não queremos gastar o nosso precioso tempo pescando o "peixe miúdo"...

A Notícia "prometida":
A gravação feita alegadamente pela mãe de Fábio Cruz entre Carlos Silvino e o filho não passa de uma gravação falsa, afirma uma perícia forense.
Em Portugal não existem empresas ou serviços públicos capazes de fazer uma perícia forense a uma gravação de chamada que seja usada em Tribunal. Desta forma, o Ministério Público pode fazer prova com informações falsas, e o juiz pode acusar pela mesma bitola.
Foi isto que se passou no processo Casa Pia e na gravação que originou toda a história e o escândalo nacional que durante anos marcou os meios de comunicação social deste país.
Uma Procuradora da República no dia 10 de Junho de 2007 ousou perguntar “Será Fábio Cruz?” ao que Felícia Cabrita, que falava ao Tribunal nesse dia, respondeu:

“Com certeza. (…) Tentei falar com o Joel e com a família, tudo isto me foi confirmado, entretanto tive acesso a uma cassete que a mãe nos últimos tempos gravou em relação ao arguido Carlos Silvino, portanto, conversas entre o arguido Carlos Silvino e o menor, portanto, obviamente que quanto a … conversas com um teor pedófilo, portanto, em que era sugerido à criança que se masturbasse, e etc., eu penso que não vale a pena estar aqui com pormenores“.

Os “pormenores”, como diria a actual jornalista do SOL fazem toda a diferença.
O Tugaleaks tentou contactar a referida jornalista pedindo um comentário a esta situação, que não prestou quaisquer declarações.
No documento da perícia, ao qual o Tugaleaks teve acesso, é indicado que “salienta-se, ainda, que o material questionado apresenta indícios de cortes durante o diálogo ocorrido entre o falante do gênero masculino e a criança conforme demonstrado no quadro de análise do áudio a seguir sendo, portanto, que não é possível garantir que não houve manipulação fraudulenta no arquivo“.

Porquê no Brasil?

No Brasil, ao contrário do que se passa em Portugal, existem pessoas especializadas em análise de conversas telefónicas. Uma das duas pessoas contratada para fazer a perícia trabalha, inclusivamente, para o Ministério Público Brasileiro. 
Devido à impossibilidade de esta perícia ser feita em Portugal, foi contactado um perito, nos Estados Unidos, mas este, por não perceber o “dialecto”, recomendou as peritas Brasileiras.

As perícias foram pagas por particulares, e rondaram os 6 mil euros. (Eu sei disso. Também contribuí...)

As peritas Brasileiras são lacónicas: “Há parâmetros díspares. As vozes não batem com as dos falantes e outros sons estão prejudicados, sendo impossível de analisar do ponto de vista pericial devido aos cortes na gravação; áudio “estourado”, etc, e isso leva a um resultado negativo. Esse suspeito (Carlos Silvino) não poderia ter sido condenado com base nessa prova. E tem mais, com aqueles cortes na gravação não há como excluir a possibilidade de alguém ter feito uma manipulação fraudulenta no áudio. O diálogo está todo cheio de interrupções na gravação e isso não ocorre em grampos telefónicos [escutas telefónicas] nem em gravações ambientais”.

Por último, há ainda o facto de o Carlos Silvino sempre ter negado a autenticidade desta gravação.
Contactado o advogado de Carlos Silvino, Dr. Pedro Dias Pereira, informou apenas que esta perícia forense faz parte de um recurso extraordinário que o advogado está a fazer, para ser entregue a partir do término das férias judiciais, que não tem apenas a ver com esta perícia mas que esta é um dos pontos principais.

E assim vai a justiça em Portugal.

Fazendo prova da existência da perícia, o Tugaleaks disponibiliza a primeira página da mesma:

LAUDO TÉCNICO PERICIAL
I - DO OBJETIVO DA PERÍCIA:
Esta avaliação pericial tem por objetivo a identificação biométrica através da
análise de voz, fala e linguagem de Carlos Silvino por solicitação do jornalista Dr. Carlos
Tomás.
II - MATERIAL PARA A PERÍCIA:
Para a análise pericial foi utilizado arquivo de áudio enviado à perita pelo Jornalista
Dr. Carlos Tomás que, também, está disponível publicamente no site Youtube com o seguinte endereço:
Este mesmo arquivo está disponível, ainda, publicamente no site Youtube como parte de uma reportagem veiculada por rede de TV Portuguesa com o seguinte endereço:
Para confronto do padrão vocal, foram utilizados arquivos de áudio de entrevistas,
concedidas pelo Sr. Carlos Silvino, disponíveis publicamente no site Youtube com os seguintes endereços:
http://www.youtube.com/watch?v=vxTKGKy-TVA
e:

III - EQUIPAMENTOS:
Para a avaliação e análise pericial foram utilizados os seguintes recursos: um
computador da marca HP Core Duo, sistema operacional Windows 7, Office 2007


profissional, Adobe Audition 3, PRAAT, Gram 5.7, Soundbooth, Vox Metria, Vocal Grama, Fone de ouvido Sony MDR-EX36V e adaptador de P2.

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